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Estrada para a Terceira Guerra Mundial - WW3

Forum dedicado a discussões sobre os conflitos em andamento na região da Ucrânia e suas potenciais ameaças à segurança mundial, assim como as tensões envolvendo Taiwan e a região do mar do Japão.
Possíveis riscos e cenários de um suposto conflito a nível mundial.

 

Rússia acusa Ucrânia de grande ofensiva no sul; Moscou ameaça ‘bloquear’ Mar Negro, diz Reino Unido

As forças da Ucrânia lançaram um ataque ao sul da cidade de Orikhiv, na região de Zaporizhzhia, segundo apontou o Ministério da Defesa da Rússia nesta quarta-feira, 26, sugerindo que uma nova fase da contraofensiva do sul de Kiev pode estar em andamento.

Kiev enviou três batalhões reforçados com tanques, segundo Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, mas acrescentou que o ataque “massivo” e um segundo perto de Robotyne, um vilarejo controlado pelos russos a cerca de 13 quilômetros a sudeste de Orikhiv, foram repelidos.

Os comentários de Konashenkov, relatados pela agência de notícias estatal russa Tass, não puderam ser confirmados de forma independente, e as autoridades ucranianas não comentaram diretamente os ataques. Mas a área ao sul de Orikhiv, uma cidade controlada pela Ucrânia, é um campo de batalha importante na tentativa de Kiev de expulsar as forças russas do sul e do leste do país, e ambos os lados fortaleceram suas forças na área.

A contraofensiva da Ucrânia - lançada no mês passado ao longo de três eixos, incluindo em Zaporizhzhia - não conseguiu grandes avanços, em parte por causa dos densos campos minados russos e das trincheiras preparadas pelas forças de Moscou.

Um dos principais objetivos militares ucranianos é chegar ao Mar de Azov, com o intuito de abrir uma brecha no território ocupado pela Rússia no sudeste da Ucrânia.

Vladimir Rogov, um oficial nomeado pela Rússia para ser responsável pelas operações no sul da Ucrânia, afirmou no aplicativo Telegram que fortes confrontos começaram ao sul de Orikhiv, envolvendo tropas ucranianas treinadas no exterior e equipadas com cerca de 100 tanques Leopard de fabricação alemã e tanques Bradley de fabricação americana.

Outro funcionário da ocupação russa em Zaporizhzhia, Ievgeni Balitsky, apontou que a Ucrânia fez 36 tentativas de bombardear áreas da região desde terça-feira, 25, mas que as forças russas conseguiram repelir os ataques ucranianos.

O estado-maior do exército ucraniano disse em sua atualização diária nesta quarta-feira que as forças russas estavam envolvidas em operações defensivas na região de Zaporizhzhia. Um porta-voz do estado-maior, Andriy Kovalev, afirmou que as forças russas tentaram, sem sucesso, restaurar as posições perdidas a nordeste de Robotyne. “O inimigo continua a oferecer forte resistência, move unidades e usa ativamente as reservas”, disse ele.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou que se encontrou com general Valery Zaluzhny, comandante das forças armadas da Ucrânia, e discutiu combates ofensivos e defensivos na linha de frente. “Acreditamos em nossos soldados”, disse Zelenski no Telegram, sem dar detalhes sobre as operações militares. “Continuamos a trabalhar.”

A inteligência do Reino Unido afirmou nesta quarta-feira que a Rússia vem aumentando a sua postura agressiva contra Kiev no Mar Negro. A postura russa ocorre após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitar a renovação do acordo de grãos com a Ucrânia, que era intermediado pela Turquia e permitia que Kiev exportasse grãos.

O alerta britânico veio após comentários recentes de autoridades americanas e britânicas de que a Rússia poderia atacar navios civis no Mar Negro.

Após a saída do acordo, a Rússia tem investido em bombardeios de portos e a infraestrutura de grãos da Ucrânia. Moscou alertou que qualquer embarcação que se deslocar de e para a Ucrânia estaria “em risco” e Kiev, em resposta, disse que expandiria seus esforços para combater os russos no mar.

Destacando os temores do aumento da violência, os militares russos afirmaram na terça-feira que impediram um ataque a um de seus navios de guerra por forças ucranianas usando drones carregados de explosivos. A alegação russa não pôde ser confirmada de forma independente. No passado, a Ucrânia usou drones marítimos para atacar navios russos no mar e no porto.

A Rússia mantém o domínio no Mar Negro, mas a Ucrânia – cuja pequena frota naval foi dizimada nos primeiros dias da invasão em grande escala de Moscou há 17 meses – tentou ameaçar a frota russa com o uso de drones.

O último ataque ucraniano, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, teve como alvo o navio patrulha Sergei Kotov, na noite de segunda-feira a sudoeste de Sevastopol.

Fonte: Estadão

Medvedev diz que Rússia pode usar armas nucleares se reação da Ucrânia for bem-sucedida

A Rússia pode ser forçada a usar armas nucleares se a contraofensiva da Ucrânia for bem-sucedida, disse o alto funcionário russo Dmitry Medvedev no domingo (31) – a mais recente de uma série de ameaças nucleares feitas pelo principal aliado do presidente Vladimir Putin em relação à guerra.

“Imaginem que a ofensiva… em conjunto com a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], deu certo e acabou com a retirada de parte do nosso território. Então teríamos que usar armas nucleares em virtude das estipulações do Decreto Presidencial Russo”, disse Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, em uma postagem no Telegram.

“Simplesmente não haveria outra solução”, acrescentou o ex-presidente russo. “Nossos inimigos devem rezar a nossos combatentes para que não permitam que o mundo seja destruído por chamas nucleares.”

Medvedev, que foi presidente da Rússia de 2008 a 2012, adotou um tom belicoso durante a invasão de Moscou à Ucrânia, repetidamente levantando o espectro de um conflito nuclear.

Em abril passado, ele alertou sobre a expansão nuclear russa caso a Suécia e a Finlândia se juntassem à Otan. A capital finlandesa Helsinque ingressou na aliança de defesa no final daquele mês, enquanto o caminho de Estocolmo para a adesão à Otan foi aberto no início deste mês, depois que a Turquia retirou suas objeções.

Em setembro, Medvedev disse que armas nucleares estratégicas poderiam ser usadas para defender territórios incorporados à Rússia da Ucrânia.

E em janeiro, enquanto os Estados membros da Otan debatiam novos envios de armas para a Ucrânia, Medvedev disse que a derrota da Rússia na guerra poderia levar a um conflito nuclear.

“A perda de uma potência nuclear em uma guerra convencional pode provocar a eclosão de uma guerra nuclear”, escreveu Medvedev no Telegram em janeiro. “As potências nucleares não perdem grandes conflitos dos quais depende seu destino.”

“Isso deveria ser óbvio para qualquer um. Mesmo para um político ocidental que reteve pelo menos algum traço de inteligência.”

Os comentários de Medvedev no domingo novamente levantam a possibilidade de que a Rússia poderia potencialmente perder a guerra após quase 18 meses de desgaste – uma admissão rara de um alto funcionário russo.

Eles também vieram poucas horas depois que o Ministério da Defesa da Rússia acusou Kiev de atacar Moscou com drones. Três drones foram interceptados no domingo, mas um empreendimento comercial no oeste da capital russa foi atingido, disse o ministério.

Retórica nuclear
Os Estados Unidos já alertaram a Rússia contra o uso de armas nucleares na Ucrânia, tanto por meio de comunicações diretas privadas quanto por canais públicos, inclusive na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) do ano passado.

No mês passado, Putin disse que a Rússia havia transferido um primeiro lote de armas nucleares táticas para Belarus, alegando que elas foram colocadas lá para “dissuasão”.

Falando no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin disse que o restante das armas nucleares táticas que a Rússia pretende transferir para Belarus serão transferidas “até o final do verão ou até o final do ano”.

A Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos (DIA) disse que “não há razão para duvidar” da afirmação de Putin de que havia armas nucleares em Belarus.

Mas o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse na época que os EUA “não viram nenhuma razão para ajustar sua própria postura nuclear, nem qualquer indicação de que a Rússia está se preparando para usar uma arma nuclear”.

O presidente belarusso, Alexander Lukashenko, disse no mês passado que, diante de uma agressão, ele não hesitaria em usar as armas nucleares táticas russas estacionadas em seu país.

Mas os altos funcionários do DIA disseram que não acreditam que Lukashenko tenha qualquer controle sobre o arsenal. Provavelmente seria totalmente controlado pela Rússia, disseram as autoridades.

A Rússia tem cerca de 4.477 ogivas nucleares implantadas e de reserva, incluindo cerca de 1.900 armas nucleares táticas, de acordo com a Federação de Cientistas Americanos.

Fonte: CNN Brasil

 

EUA ameaçam responder a envio de armas da Coreia do Norte à Rússia

Os EUA reagiram ontem à notícia do encontro entre o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, nos próximos dias. Os dois estariam se reunindo para negociar o fornecimento de armas norte-coreanas para a Rússia. Segundo o governo americano, o regime de Kim enfrentará consequências se ajudar o esforço de guerra de Moscou.

Isolada pela comunidade internacional, a Coreia do Norte não costuma receber muita atenção, a não ser quando realiza um teste nuclear ou dispara um míssil intercontinental. No entanto, a urgência da Rússia em fazer novos avanços na Ucrânia oferece a Kim uma rara oportunidade.

Segundo o The New York Times, o fornecimento de armas é o motivo do encontro, que seria realizado na Rússia. Assim, Kim teria às mãos uma nova maneira de aborrecer os EUA, se aproximar de Moscou e oxigenar sua economia.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, expressou preocupação com o avanço das negociações entre os dois países e pediu que a Coreia do Norte interrompa o diálogo. Para Kim, um acordo poderia render também auxílio técnico para seu programa bélico e ser considerado um vizinho importante.

As relações entre Moscou e Pyongyang ficaram mais tensas após a desintegração da União Soviética. A Rússia exporta pouco para a Coreia do Norte. A China, sozinha, fornece a maioria dos itens de que os norte-coreanos precisam. Agora, no entanto, os interesses e as visões de mundo em comum aproximam os dois vizinhos.

Mísseis

A Coreia do Norte enfrenta dificuldades tecnológicas em seu programa de mísseis e uma crise econômica angustiante. A Rússia pode ajudar nas duas frentes. “É uma situação em que ambos os lados saem ganhando”, afirmou Lee Byong-chul, especialista em Coreia do Norte do Instituto para Estudos do Extremo Oriente, da Universidade Kyungnam, de Seul.

Uma dúvida é sobre o quanto a ajuda norte-coreana poderia fortalecer o esforço de guerra russo, especialmente em razão das dificuldades econômicas da Coreia do Norte e da crônica falta de alimentos no país. Nas semanas recentes, Kim visitou uma série de fábricas de munição, exigindo que os responsáveis aumentassem a produção.

Fonte: https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/mundo/eua-ameacam-responder-a-envio-de-armas-da-coreia-do-norte-a-russia/