Vivemos sob leis e regulamentos, sob convenções e sob supervisão do governo e de corporações privadas, e pelo fato de que quando nascemos não nos é oferecida a possibilidade de escolher viver “fora do sistema”, precisamos seguir essas leis, pagar impostos, possuir identificação civil, etc, ou sempre virão as consequências. Alguém pode argumentar que é possível viver off-grid, totalmente independente do sistema, mas isso é uma ilusão no que diz respeito a ser 100% verdade.
Não existem terrenos ou territórios que não pertençam a alguém, seja particular ou seja do governo, sendo assim a “fuga pras montanhas” ou mesmo para o mato fica comprometida.
Voltando a falar sobre o sistema, vamos nos lembrar de como a tecnologia mudou a civilização e afeta e define diretamente a nossa vida. Geralmente o que vem com a proposta de ser algo que vai facilitar a nossa vida acaba se tornando em algo que cria uma dependência. Um exemplo clássico é a energia elétrica que acende as nossas lâmpadas e mantém nossos refrigeradores funcionando e conservando nosso alimento. Há algumas décadas antes da propagação da energia elétrica a maioria da sociedade estava adaptada a condições onde precisava usar fontes de luz alternativas assim como não era possível conservar alimentos de forma tão simples. A energia elétrica surgiu como um facilitador, porém, como tudo que surge como algo que vai facilitar acaba se tornando a regra e todo o modo de vida da sociedade se reconstrói baseado nesse novo recurso, e agora todos dependem dele, pois o antigo método foi esquecido, deixado de lado e abandonado. E isso é feito de forma automática pela consciência coletiva da sociedade, sem levar em consideração a fragilidade e os riscos do novo método. E por muitas das vezes sem existir um plano B, em caso de colapso do novo método.
Dessa forma, vivemos um modo de vida em que o nosso “conforto e facilidades” se tornaram comuns, e parecem inabaláveis, e esquecemos de analisar os alicerces aos quais nosso modo de vida está construído. E isso vale também para a nossa segurança. A maioria da sociedade aprendeu a esperar que o governo ou que terceiros sejam os responsáveis pela segurança, porém nem sempre isso se mostra possível, seja por quais motivos forem. Isso nos leva à necessidade de possuirmos um plano B, algo que nos mantenha seguros assim como a nossa família e as pessoas ao nosso redor, nas mais variadas situações.
Aí é que voltamos às leis, pois como é sempre bom lembrar, precisamos segui-las.
Quais as melhores ferramentas para a nossa defesa, que não sejam armas de fogo? É claro que isso vai depender e MUITO da habilidade de quem está usando e da situação abordada, mas podemos fazer uma análise genérica, usando uma abordagem em situações externas de ameaças, onde o indivíduo está fora de casa. O mais comum: Assalto e roubo.
Sejamos realistas e objetivos, não pretendo aqui seguir e repetir o que muitos sobrevivencialistas Youtubers dizem por aí. Não. A verdade é que um canivete dobrável ou uma arma de choque de contato não vão livrar você de um assalto. Muito pelo contrário. Podem expôr a vítima a um risco enorme, aumentando ainda mais as chances do agressor tentar algo pior. O mesmo vale para um spray de pimenta.
Eu digo isso não baseado em teorias, mas em fatos reais. Em 2017 eu e minha esposa fomos assaltados quando entrávamos em uma trilha no Parque Nacional da Tijuca, aqui no Rio de Janeiro. Não havia mais ninguém por perto, além de nós e dos dois assaltantes. Eles vieram armados com dois facões de mato cada um, um deles abordou minha esposa com o facão no pescoço dela ameaçando matar se não entregássemos todos os nossos pertences.
Nenhum dos dois chegou a encostar em mim, não sei se em algum momento um deles pensou que eu estava armado, mas isso não muda o fato. A única “arma”, por assim dizer, que eu possuía no momento era uma faca dobrável do Bear Grylls, e isso não poderia me ajudar em nada naquele momento.
Em um confronto entre armas brancas leva vantagem a que possui mais alcance, e no meu caso não restam dúvidas de que um facão de quase 50 cm tem vantagem sobre um canivete de 3 polegadas.
O resultado, levaram todos os nossos pertences, inclusive a faca dobrável e foram embora. Nesse dia ninguém ficou ferido, mas se houvesse tentado algo usando a única “arma” que eu possuía no momento, o desfecho não seria o mesmo, pois ela não oferecia o poder suficiente para suprimir os dois facões dos agressores.
Em um caso em que os agressores possuem armas de fogo, a situação pode ficar ainda pior.
Então qual o melhor recurso para defesa?
Se a vítima se encontra em uma situação em que sua vida ou sua integridade física estão sob real ameaça e nenhuma força de segurança está presente ou ajuda acontece, sempre vai levar vantagem o recurso que possuir um maior alcance e maior capacidade de desabilitar os meios de ataque do agressor.
Baseado nisso, hoje eu acredito que a melhor arma para defesa em situações externas seja um bastão tático retrátil.
Com certeza existem outras alternativas com maior alcance, mas ninguém vai sair na rua com um arco e flecha nas costas ou uma balestra por exemplo. O bastão tático retrátil leva vantagem na maioria dos quesitos. Fácil de carregar, adaptável, cabe em qualquer bolsa, e o principal: Possui um alcance melhor do que um facão, lembrando que em se tratando de armas brancas a mais usada nas ruas urbanas são facas curtas e não facões, o que dá ainda mais vantagem ao bastão tático retrátil.
O impacto do bastão tático retrátil é tão forte que é capaz de desabilitar o agressor com apenas um impacto.
Existem inúmeras técnicas que podem ser aprendidas, cabe a cada um se aprimorar para melhor utilizar sua ferramenta. Isso vale para qualquer arma sempre.
Lembre-se, o intuito aqui não é estimular ninguém a praticar nenhum tipo de ação, por isso antes de qualquer decisão em carregar um bastão tático retrátil consulte as leis locais e nacionais para saber se em sua região isso erá permitido.
Na opinião de vocês, qual a melhor arma para defesa, que não seja de fogo? Podem expôr situações, exemplos, etc.